sábado, 1 de outubro de 2011

Você, queria te dar a beleza mais sublime que existe, o quarto mais lindo que pudesse escolher, as roupas mais macias e cheirosa que encontrasse - as com cheiro de flor de laranjeira. Mas uma força oposta a minha não consegue, quando penso como será, fico demasiadamente desanimada, dores tenho para distribuir, lamentações a dar e vender e os murmúrios são tantos que não consigo silenciar e ficar calma. Minha vontade é de ir para um retiro em clausura absoluta.
Você tá aqui, as outras estão lá e eu perdida de mim e fugindo de vocês, sou muito mãe, mas agora, somente agora... não consigo!
Gostaria que você me perdoasse, não consigo ser nada além dessas pobres lamentações...
Pensei em corte de cabelo novo, um vestido florido, uma cor talvez, mas o que tenho dentro de mim é pouco e fraco, pensei que se mexesse por fora, ficaria diferente, mas dentro ainda continuaria cinza e feia.
Hoje li uma frase que me deu esperança, tudo que precisamos esta dentro de nós, será verdade?
Te espero, te espero, me ajude a gostar de ti, me ajude a ser ainda melhor com todas, me ensina a amar na dificuldade, a sorrir no tropeço, a ter Fé no desespero, a acreditar que posso...
As irmãs estão lá, te esperando, o pai é o mesmo... te quer bem... agora a mãe!!? Está na reforma, precisa de um cuidado para ficar novinha em folha, teu anjo emprestei a mim – (precisava muito de mais um), teu nome eu herdei, sua história não sei por onde começar... sei que é filha! Difícil é entender...
Me ajude a te amar!!!
Ah!!! sei que será forte, surpreendente, única, graciosa, amável... Se já soubesse o sabor de tudo isso por você, ficaria mais fácil, mas não é assim, num passe de mágica, é vida, é gente e o gostar, ainda é distante. 
Mas enquanto isso não vem, repito, me ensina a amar-te.

sábado, 6 de agosto de 2011

Quem sou?

Mãe...
Maura e Morena, exercício diário da paciência e dedicação, amor pleno e absoluto, doação incondicional...
e quando sou mulher?
Na delicadeza das ações, na cor intensa das roupas;  na decoração; nos acessórios; na roupa de Santo...
No cinema alternativo, no gosto exclusivo, no sabor intenso: doce ou salgado!
Na simplicidade das margaridas e das Marias, das fotografias, do sorriso das minhas crias, da natureza, na sutileza de uma amiga ou  na alegria de um amor vou buscando inspiração para "poetar" e viver!!!
Assim eu sou!!! Única...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Hoje fiquei pensando... minha vó teve 5 cinco filhos, como será que dava conta de toda essa criançada?
Eu tenho 2 e me atrapalho toda, não olho a agenda, falta algodão, a lição  não foi feita, o remédio, nossaaaa!Esqueci...
Também levei bronca da terapeuta... tudo que não queria e nem precisava... Ela me disse: mas mãe, você precisa de uma sessão, "vamos marcar um horário na semana que vem?"
No trabalho não posso me ausentar...
Em casa tudo muito complexo...
Na vida sempre atrasada, correndo, não sei do que e nem pra onde... mas estou sempre atrasada... Ufa! Cheguei,
E agora tenho que ir... ah!
Denovo?
Correndo... Vamos, anda logo...
E ainda tenho que ser bonita, atraente, magra e feliz...
Quero fugir, não quero mais ser mulher moderna...
Cadê o meu crochê? Quero fazer bolo e esteder a roupa no varal. Talvez um horário no cabelereiro ou uma futilidade qualquer no shopping...
Chega de ser super... me bastaria ser algo simples... não saber de política, literatura, artes nem pensar... mas quero ser tudo isso e um pouco mais...
Quanto me custa tudo isso!
Acho que sei... tem nome! TPM...
Ainda bem que passa...
Vamos nessa que é bom abeça (ç?) ou abessa (com 02 ss) ?! Sei lá... é dito popular, vai saber!!!

segunda-feira, 28 de março de 2011

outono é amarelo!

Tem gente que tem vontade de comer, de assistir um filme, ler um livro... hoje me deu uma vontade louca de escrever... o que será que é isso?
Acho que é o outono, a luz, o cheiro, o amarelo do sol... tudo isso é muito inspirador... Pra mim o outono é yellow... Acho que se eu fosse uma estação, seria Outono...
Hoje, fui me cuidar, fui rir de mim, fui chorar, requerer o amor nesta vida, o "coisinha" que anda tão difícil, ou melhor fui aprender pedir... como se faz isso? Isso o que?
Pedir amor?
É...
Sei lá...
Saber falar o que quer, como quer, que jeito que quer...
Dobrado, enrolado, aberto, fechado, delicado, cheiroso, amoroso, macio... tô tentando!
Vamos ver no que dá...
Será que eu sei?
E quando chega?
Como guardo?
Como cuido?
Ah... Sei lá!!!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Crônicas de uma torta...

Ataquei de goumert ou de cozinheira ou de Amélia enfim baixou a empreendedora... faço tortas de frango e palmito por encomendas...
Tudo estava perfeito... torta grande pronta, somente esfriando para ser embalada, torteletas no forno, assando, quando tirei as tortas pequenas do forno, decidi, desenformar a grande... a catastrófe... tudo que estava perfeito... virou um desastre... e o pior! A farinha havia acabado... pensei! "Amanhã, acordo cedo, vou a padaria e compro mais farinha para completar a entrega"... Acordei, fui a padaria na busca pelo ingrediente principal... e... nada... a padaria não vende farinha! Vendem tudo - açúcar, óleo, sal, azeite... menos farinha - é proibido... não sei por quem... mas é!!! Pedi encarecidamente para a mocinha, por favor, você poderia me arrumar um pouco de farinha... A moça respondeu: "Só se o patrão estivesse aqui, não posso" pedi com mais jeitinho ainda "Preciso tanto, por favor, só um pouquinho!" a moça respondeu... "não posso mesmo... e esta farinha é para pão, não servirá para você"... sai de lá, sem rumo... cheguei em casa pensando o que faria agora? Desisto da encomenda e aviso a cliente que não poderei cumprir com o pedido? Desisto de tudo e não faço mais tortas? ou Vou até o fim? Optei pelo mais desprendioso... Ir até o fim...
Não desisto assim fácil, pensei, pedirei para o porteiro ir até o mercado, detalhe que não expliquei... tudo isso antes de me preparar para ir trabalhar... por isso eu não poderia ir até mercado buscar pessoalmente, o porteiro estava sozinho e também não pode ir...
Puxa! Pensei em uma vizinha... pedi para o porteiro tocar na casa da esposa do Sr. Mário... Santa esposa do senhor Mário... Quando ela atendeu... meio sonolenta... fiquei super sem graça, ela ainda estava dormindo... óbvio... 07:30 da manhã ela só poderia estar dormindo... mesmo sem graça pedi a farinha... pedi mil desculpas por acordá-la, e fiz o meu pedido... ela me emprestou um pacote, fui até a casa dela buscar... voltei e finalmente preparei a torta...
Ufa!
Embalei cuidadosamente depois que esfriou... a envolvi em um plástico filme delicadamente e depois ornamentei com um papel seda na cor berinjela e entreguei a encomenda para a minha mais "exigente" cliente...
A devolução da farinha será outra crônica... mas esta conto depois!!!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

tudo novo denovo...

Pensamentos e sentimentos, a cabeça lateja, dói, dói... é o pensamento, o coração que sangra, parece que vou desfalecer, morrer e isso eu quero, quero o buraco para pular nele e só sair quando tudo tiver sido resolvido... mas eu estarei dentro de mim, no buraco... e o que adiantaria estar longe de lá... de tudo... do mundo, se eu estou dentro de mim... se tudo esta lá,  do mesmo jeito... doido, sofrido, odioso...  Quero colo, quero repouso, descanso, quero viver, quero intensidade em tudo... quero gente, gente boa... quero qualidade, quero voar, quero música, quero amar... quero amor... quero receber amor...
Para o ano que iniciará quero deixar bem claro o que quero...
Deixar as “roupas que não me servem mais”... “para deixar livre os cabides para as novas roupas...”, nada de armadura, fardas e uniformes, elas não me caberão... 
As roupas leves e coloridas se ajustarão ao meu novo modelo de corpo e alma... como a cobra que se descasca para receber a nova pele... quero ser nova, ter nova pele, nova roupa, nova atitude...
Representar o meu melhor personagem, ser eu na vida, dar lugar para a minha vontade, aliar-me ao que há de bom e gostoso daqui... viver o mundo dos felizes, me disseram que a felicidade é vaga e pouca... mas mesmo assim insisto, a quero mais perto de mim...
Lembrar do que me agrada e o que desagrada esquecer, enterrar, deixar morrer, vestir o luto permitido e após o período da morte deixar bem enterrado este passado que não me “serve” mais...  Minha memória não me trairá mais, esquecerei tudo que um dia me fez sofrer, deixarei tudo naquele buraco que quis entrar, sairei de lá limpa, cuidada e refeita...
Com a certeza que o colo confortável é seguro e existe, receber este cuidado, gozar o prazer merecido... respirar o perfume no ar... 
Lembrar que não sou salva vidas e cada um é responsável pela sua vida...
Não me desculpar por amar, por errar, por insistir... mas viver e esperar para viver...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lhe peço encarecidamente me deixe

A moça da Mata não quer... não me deixe só, eu tenho medo do escuro, eu tenho medo do inseguro dos fantasmas da minha voz... mas  também diz sou perigosa sou macumbeira! Então eu digo...
Me deixe, me deixe comigo, me esqueça, me largue, me abandone, quero viver outra vida, quero ser eu, quero acontecer em mim e ser responsável pelas minhas tristezas, somente eu... não permitirei que me deixem triste, se é para se ter tristeza, eu gostaria de ser responsável por ela!!!
Chega, não permitirei a minha vida nas mãos de um bandido, de uma pessoa sem história real, vivendo de fantasias, da condição de retorno para algo que é falido, para algo doente, vivendo o clico vicioso do erro agressivo e desrespeitoso... No teu dicionário não existe a palavra respeito assim como no meu é difícil se conjugar o perdão...
Dessa história teremos algumas lembranças boas e ruins, valeram porque foram verdadeiras, mas o que valeu a pena foi receber o que a vida me deu, umas meninas, minhas meninas, eu sei o centímetro de cada dor doída na carne, na alma, na lágrima, eu sei quanto me custa e quanto é precioso o bem estar dessas pequenas, que de pequenas não tem nada, são gigantescas almas que vieram me acolher e mostrar que a vida apesar dos espinhos tem as rosas e o perfume, me bastando a certeza de que vale a pena viver e pelo que viver.
Eu sei que nunca será capaz de entender a minha dor, mas também não saberá e não poderá sentir o que é construir um lar, uma vida, um trabalho, um jardim, uma morada porque não sabe o valor que a vida tem, de cada ente querido, de cada tijolo assentado porque a sua profissão é devastar, “desconstruir”, é descer até a última possibilidade do inadmissível e pior sem olhar para trás, cego da alma, sem enxergar o mau que se faz que se propaga que deixará como herança para os seus... Quando perguntarem quem sou e o que fiz, poderei responder a lista das minhas tarefas e o que construi, agora como será quando te perguntarem quem é você e o que fez?