quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

tudo novo denovo...

Pensamentos e sentimentos, a cabeça lateja, dói, dói... é o pensamento, o coração que sangra, parece que vou desfalecer, morrer e isso eu quero, quero o buraco para pular nele e só sair quando tudo tiver sido resolvido... mas eu estarei dentro de mim, no buraco... e o que adiantaria estar longe de lá... de tudo... do mundo, se eu estou dentro de mim... se tudo esta lá,  do mesmo jeito... doido, sofrido, odioso...  Quero colo, quero repouso, descanso, quero viver, quero intensidade em tudo... quero gente, gente boa... quero qualidade, quero voar, quero música, quero amar... quero amor... quero receber amor...
Para o ano que iniciará quero deixar bem claro o que quero...
Deixar as “roupas que não me servem mais”... “para deixar livre os cabides para as novas roupas...”, nada de armadura, fardas e uniformes, elas não me caberão... 
As roupas leves e coloridas se ajustarão ao meu novo modelo de corpo e alma... como a cobra que se descasca para receber a nova pele... quero ser nova, ter nova pele, nova roupa, nova atitude...
Representar o meu melhor personagem, ser eu na vida, dar lugar para a minha vontade, aliar-me ao que há de bom e gostoso daqui... viver o mundo dos felizes, me disseram que a felicidade é vaga e pouca... mas mesmo assim insisto, a quero mais perto de mim...
Lembrar do que me agrada e o que desagrada esquecer, enterrar, deixar morrer, vestir o luto permitido e após o período da morte deixar bem enterrado este passado que não me “serve” mais...  Minha memória não me trairá mais, esquecerei tudo que um dia me fez sofrer, deixarei tudo naquele buraco que quis entrar, sairei de lá limpa, cuidada e refeita...
Com a certeza que o colo confortável é seguro e existe, receber este cuidado, gozar o prazer merecido... respirar o perfume no ar... 
Lembrar que não sou salva vidas e cada um é responsável pela sua vida...
Não me desculpar por amar, por errar, por insistir... mas viver e esperar para viver...