sábado, 10 de novembro de 2007

Desmundo...

A cidade cheira odores da alma e do corpo. Há corpos vivos que mais parecem mortos...

Dormem e sonham, fogem da realidade dos odores fétidos que produzem para a cidade, mas suas utopias, as mais íntimas estão além do espaço urbano imundo, e assim vão vivendo mais dos sonhos letárgicos que da própria irrealidade das suas vidas pobres...

Pobres corpos fedorentos, vivos por um suspiro, quase moribundos, agonizando, mortiços

Acordam para suas vidas irreais e graças ou desgraçadamente sobrevivem na metrópole perdidos de si, dos outros e de todos, aguardam a morte como uma única verdade para sua fuga.

Parte II

Não é fácil viver ao céu aberto, ao vento sujo, ao cárcere livre, sobreviver ao pedido do pão nosso de cada dia, viver de migalhas, prorrogando a vida, esticando o sofrimento até onde der para agüentar